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História de doenças e a cobertura jornalística dedicada a temas científicos são temas de trabalhos no 14º Encontro da Anpuh-Rio, no dia 19 de julho

20 jul/2010

Professores e alunos do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da COC participaram no campus da Urca da UniRio, nesta segunda, 19 de julho, da abertura do XIV Encontro da Anpuh-Rio, apresentando trabalhos resultantes de pesquisas finalizadas e em andamento. Profissionais da Casa coordenam quatro dos 35 simpósios temáticos durante o encontro científico.

Dedicado à temática da memória e do patrimônio, o encontro científico se estende até o dia 23. Aluno da pós-graduação, Cláudio Piotrovski Dias apresentou as fontes que vem utilizando para analisar as objeções da igreja católica ao uso de preservativos por jovens, como método de prevenção ao vírus HIV-Aids no simpósio dedicado à história de doenças.

No mesmo fórum, a professora da UFRJ Diana Maul discutiu a febre amarela em contextos de endemias e epidemais, doença também analisada por Marcelo Monteiro dos Santos, que verifica o noticiário sobre o tema em O Vassourensse, em 1882, quando moradores da cidade foram vitimados.

Dilma Cabral, do Arquivo Nacional trouxe para o debate questões da historiogafia recente sobre a hanseníase. A peste bubônica na mesma cidade, entre os anos 1900-1906, é o tema explorado por Matheus Duarte da Silva, da UFRJ.

No simpósio “As ciências biomédicas e a saúde em perspectiva histórica”, dos seis trabalhos apresentados, cinco utilizam revistas ou jornais como fonte para analisar temas bem diversificados. Vanessa Pereira da Silva e Mello analisa uma revista que circulou entre 1897 e 1926: seu foco é como a ciência e as propostas de cuidados com a natureza apareciam nas páginas de A Lavoura, dedicada à agricultura. Ricardo Cabral de Freitas discute como dois jornais noticiavam os suicídios entre 1886 e 1908. Os dois são alunos da pós-graduação da COC.

Outro aluno da COC, Marlon Silva Rolim estuda como uma revista publicada entre 1926 e 1943 pela empresa alemã Bayer elogiava as conquistas e os feitos da medicina daquele país: distribuía gratuitamente 10 mil exemplares, que traziam artigos de médicos e jornalistas e muita publicidade de medicamentos. Já Kassia Rodrigues, da Uerj, analisa os manuais publicados por associações contendo recomendações com o objetivo de orientar agricultores e fazendeiros.

Vitor José da Rocha, da Prefeitura do Rio, analisa como a revista Nação Armada, que circulou entre 1939 e 1947, trata de assuntos relacionados com a saúde, durante o Estado Novo. Ingrid Casazza, da COC, analisa como foi a longa gestão de Pacheco Leão à frente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, entre 1910-1930, período de intensa atividade científica.

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