Conferir sustentabilidade ao governo do presidente eleito e diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva, é fundamental, avalia o novo presidente do Centro Brasileiro de Estudo de Saúde (Cebes). O historiador e pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz Carlos Fidelis Ponte lembrou que o novo governo foi eleito “com apoio de um arco imenso da sociedade”, acrescentando que pretende trabalhar para que o Cebes atue na formação, formulação, monitoramento, avaliação das políticas públicas e para ampliar a presença da instituição no país. A ideia é estabelecer novos núcleos temáticos regionais e locais. Na avaliação de Fidelis, nessa rede é que acontecerá “a discussão do país que queremos” dando “sustentabilidade ao projeto que se quer construir”.
O historiador e pesquisador da COC/Fiocruz foi eleito presidente do Cebes para a gestão 2023/24, compondo a chapa com a socióloga e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Lenaura Lobato, que será sua vice-presidente. Fidelis substituirá a médica sanitarista e pesquisadora Lúcia Souto, uma das organizadoras da Frente Pela Vida, um movimento de diversas entidades da saúde coletiva e ciência em defesa de valores como a vida, o SUS, a preservação do meio ambiente e a democracia.
“Nós vamos ter que reconstruir políticas que deram certo, construir outras, recuperar a participação social, a transparência, fazer a recomposição e expansão do financiamento, reconstruir a rede e a estrutura pública da saúde, que vem sendo vilipendiada, sucateada e precarizada”, disse o novo presidente, que foi eleito por aclamação em 10 de dezembro.
Carlos Fidelis é eleito novo presidente do Cebes. Foto: Acervo COC
Sobre o novo presidente do Cebes
Carlos Fidelis da Ponte é graduado em história pela UFRJ (1984), tem mestrado em Saúde Pública pela Fiocruz (1999) e doutorado em Políticas Públicas e Estratégias de Desenvolvimento pelo Instituto de Economia daquela universidade, em convênio com a Fundação (2012). Pesquisador do Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde da COC (Depes/COC/Fiocruz), Fidelis atua no Observatório História e Saúde, estrutura permanente do Depes. Foi criado em 2004 como iniciativa conjunta da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS/ OMS), da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS). Fidelis é professor do curso de Especialização em Informação Científica e Tecnológica em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).
O pesquisador tem experiência na área de história, atuando principalmente nos temas história da psicanálise, sociologia das profissões e transferência de tecnologia e desenvolvimento tecnológico. Atualmente, Carlos Fidelis se dedica às áreas de inovação, propriedade intelectual e estratégias de desenvolvimento. Mais informações sobre a eleição do Cebes e seus novos dirigentes podem ser obtidas na página do Centro.
