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Pavilhão Mourisco é tema de dossiê na revista ‘História, Ciências, Saúde – Manguinhos’

26 ago/2020


  
 

Neste ano em que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) festeja 120 anos, a revista História, Ciência, Saúde – Manguinhos, integrando-se às comemorações institucionais de aniversário, preparou um dossiê sobre o Pavilhão Mourisco, sede e símbolo maior da instituição. Os artigos estão publicados no número que acaba de ir ao ar no SciELO (v. 27, n. 2, abr./jun. 2020), como sempre em acesso aberto.

O dossiê foi organizado pelos pesquisadores Inês El-Jaick Andrade, Renato da Gama-Rosa Costa e Sônia Aparecida Nogueira, da Casa de Oswaldo Cruz – unidade da Fiocruz dedicada à preservação da memória institucional e às atividades de pesquisa, ensino, documentação e divulgação da história da saúde pública e das ciências biomédicas no Brasil. Cabe lembrar que a Fiocruz é uma das mais importantes instituições de ensino, pesquisa e produção da América Latina, com papel crucial nas ações de saúde pública na região desde a sua fundação.

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A seção Análise do dossiê mostra o edifício-sede da Fiocruz sob diferentes abordagens: dos movimentos relacionados ao ecletismo e ao alhambrismo e também ao higienismo, vigentes na passagem do século 19 para o século 20; o contexto de sua criação e idealização pelo cientista Oswaldo Cruz e o arquiteto Luiz de Moraes Júnior; a dimensão pedagógica das técnicas tradicionais da construção relacionadas à salvaguarda do patrimônio arquitetônico; as ações de preservação, a cargo da instituição desde sua declaração como patrimônio de relevância nacional, em 1981; e a proposta, em andamento, de sua inclusão na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco.

A seção “Imagens” apresenta fotografias da construção do Pavilhão Mourisco pertencentes ao acervo da instituição, e a seção “Depoimento” relata a atuação de Cristina Mello, a arquiteta responsável por implantar e sistematizar as primeiras ações de recuperação deste patrimônio cultural, seguindo a metodologia da restauração crítica, na gestão de Sergio Arouca (1985-1989).

“A relevância desse patrimônio transcende seus valores estéticos e históricos, tanto no contexto do desenvolvimento das ciências biomédicas no Brasil quanto no das transformações, no início do século 20, da cidade do Rio de Janeiro, designada, em 2020, a primeira Capital Mundial da Arquitetura e sede do congresso mundial da União Internacional dos Arquitetos, em sua 27ª edição”, afirmam os organizadores do dossiê.

A edição traz ainda artigos sobre temas diversos em português, inglês e espanhol.