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Mestres em Preservação e Gestão do Patrimônio: primeira dissertação foi apresentada na COC

19 jun/2018

Em agosto de 2016, a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) deu início a primeira turma do Mestrado profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde, criado a partir da experiência acumulada pela COC nesse campo. A unidade tem a guarda de acervos – arquivístico, bibliográfico, museológico e arquitetônico – de grande relevância para o campo das ciências e da saúde e promove ações de valorização e divulgação desses bens culturais. Quase dois anos após receber os primeiros 15 alunos, o curso apresentou a primeira dissertação desenvolvida no âmbito do Programa: ‘Pulmão de Aço: preservação de um patrimônio científico da área da saúde’, elaborada pela estudante Maria Fátima Carazza de Faria e orientada pela pesquisadora Alda Lúcia Heizer (PPGPAT/COC/FIOCRUZ). A defesa aconteceu no dia 18 de junho de 2018, no prédio do Centro de Documentação e História da Saúde – CDHS/COC.  A previsão é de que mais 13 estudantes defendam suas dissertações até o final de setembro. 

Para Magali Romero, vice-diretora de Pesquisa e Ensino da COC, o momento marca a consolidação das atividades do mestrado em Preservação e Gestão do Patrimônio. “Começamos a colher os frutos plantados e esta é a primeira de muitas outras dissertações que serão concluídas e apresentadas. Esperamos contribuir e incentivar nossos alunos a refletir, cada vez mais, sobre a elaboração de novas formas de preservação da memória e da gestão de acervos históricos”, ressaltou Magali. “Cumprindo a uma série de pré-requisitos estabelecidos para este curso, esta primeira defesa indica que estamos no caminho certo, visto que unifica um conjunto de conhecimentos e saberes a partir de uma abordagem interdisciplinar”, destacou Renato Gama-Rosa, coordenador do curso e pesquisador da COC. 

Os objetivos da pesquisa foram analisar o local no qual se encontra o aparelho ‘Pulmão de Aço’, identificar aspectos de sua trajetória e de seu contexto de criação, destacando a análise para os riscos aos quais ele está sujeito por estar exposto em condições inadequadas de conservação, junto ao Museu da Pediatria. A partir da análise, o estudo propõe uma exposição que garanta informações sobre a história e a preservação do aparelho, seguindo os princípios da museologia preventiva por meio da análise de risco a qual o objeto está sujeito no local em que se encontra atualmente. “Como resultado desta dissertação, obtive como produto o módulo de uma exposição que poderá ser incorporada ao Museu da Pediatria Brasileira. Desta forma, é gratificante perceber que consegui imprimi diversos significados ao objeto histórico estudado, a fim de preservar este patrimônio da saúde”, disse Maria Fátima Carazza de Faria.  A banca examinadora contou com a participação das pesquisadoras da COC Carla Gruzman e Ana Luce Girão Soares de Lima. 

Para Renato Gama-Rosa, a expectativa é que os novos mestres apliquem o resultado de seus estudos em suas instituições. “Por apresentar caráter profissional, esperamos que as pesquisas sejam aproveitadas, de forma prática e efetiva, nas organizações, sejam elas voltadas para a acervo arquitetônico, arquivístico ou museológico”, disse. “Este ano está sendo muito produtivo para o mestrado de Patrimônio Cultural, além de iniciar com qualidade significativa as defesas da primeira turma, começaremos os exames de qualificação da segunda turma, e demos o início da terceira”, avaliou Gama-Rosa.  

Sobre o Mestrado profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da COC

Marcado pela diversidade de olhares sobre a questão do patrimônio, o corpo docente é formado por 17 professores da Casa de Oswaldo Cruz e de outras instituições do Rio de Janeiro, e foi aprovado com conceito nota 4 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

De caráter interdisciplinar, o Mestrado profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da COC visa capacitar profissionais para atuar nas áreas de gestão, divulgação e preservação do patrimônio cultural das ciências e da saúde a partir de uma reflexão crítica sobre as diferentes técnicas, procedimentos e normas que colaboram para o desenvolvimento de ações de intervenção, com base em instrumentos de planejamento, monitoramento e avaliação de resultados.