Contribuições para o SUS e para a Fiocruz
Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, ex-diretor da Casa de Oswaldo Cruz
Ingressei na Fiocruz em 1987, na Casa de Oswaldo Cruz, no projeto Memória da Assistência Médica na Previdência Social. Na época, Hésio Cordeiro presidia o Inamps e sua atuação foi decisiva no próprio processo de extinção do Inamps e construção do Sistema Único de Saúde. O acervo das políticas precursoras do SUS por ele implementadas durante sua gestão no Inamps e da história da assistência médica na previdência social estão sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz e já mereceram importantes estudos, constituindo-se também numa base para as políticas adotadas para os gestores públicos. Além desse papel de gestor e construtor do SUS, Hésio foi um grande intelectual, pensando o complexo industrial da saúde e várias questões associadas à percepção da seguridade social como um direito de cidadania. Sua visão ampla sobre o setor empresarial em saúde também foi fundamental no processo de reforma sanitária e nas políticas que se seguiram.
Além desse papel de gestor e construtor do SUS, Hésio foi um grande intelectual, pensando o complexo industrial da saúde e várias questões associadas à percepção da seguridade social como um direito de cidadania
Hésio Cordeiro teve um papel ímpar no Instituto de Medicina Social da Uerj. Para a Fiocruz, que concedeu a ele o título de pesquisador honorário em 2014, Hésio foi fundamental não apenas na experiência da Casa de Oswaldo Cruz que relatei, como também do INI, IFF, a Ensp e muitas outras ações que foram apoiadas pelo convênio Fiocruz-Inamps. Além disso, sua experiência como reitor da Uerj, ao convocar um congresso interno, foi também uma referencia para o modelo de gestão participativo que, sob a liderança de Sérgio Arouca, a instituição desenvolveu. Por isso, a Fiocruz lamenta profundamente a perda de Hésio Cordeiro, mas afirma sua presença sempre como intelectual, gestor, cidadão exemplar, pessoas das mais amáveis e generosas que conheci. Hésio Cordeiro presente!
Firmeza e capacidade de apontar caminhos
Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, ex-presidente da Fiocruz, ex-diretor da Casa de Oswaldo Cruz
Hesio Cordeiro foi um dos principais articuladores e construtores do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Ele era dotado de uma capacidade ímpar de articular, de uma maneira extremamente acolhedora, diversidade de opiniões, mas com firmeza e capacidade de apontar caminhos. Ele não só marcou profundamente a trajetória da saúde pública em nosso país, mas, também, a trajetória de muitos de nós.
Ele era dotado de uma capacidade ímpar de articular, de uma maneira extremamente acolhedora, diversidade de opiniões, mas com firmeza e capacidade de apontar caminhos
Para mim, desde o início da faculdade de medicina da Uerj, quando se constituía o Instituto de Medicina Social, a minha pós-graduação, a construção da Casa de Oswaldo Cruz, Hésio sempre foi uma figura presente, amiga e inspiradora. Uma grande saudade e muita falta ele faz nesses tempos tão difíceis que estamos atravessando.
Mestre alquimista em inovação educacional
Adriana Cavalcanti de Aguiar, médica, pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict) e do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)
Faculdade de Ciências Médicas, Rio de Janeiro. Eu, com 17 anos, recém-ingressada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), torno-me aluna de Hesio no início dos anos 1980. A recordação mais vívida: nossa visita à comunidade de São Carlos, no Estácio, em dia de chuva, no Rato Molhado, área de particular pobreza. Fiquei encantada com a acolhida daqueles a quem visitamos: cafezinho, bolinho… que pessoas mais amáveis, compartilhando seus quitutes com um bando de adolescentes, que em sua maioria nunca havia estado numa favela.
Foi meu debut com as ideias e práticas desse fundador do Instituto de Medicina Social (IMS), agora batizado em sua homenagem como Hesio Cordeiro. Graduei-me, e em 2000, passei a atuar no IMS, no mesmo ano em que aceitei coordenar o curso de Medicina da Universidade Estácio de Sá, que Hesio dirigia. Seu gabinete esteve sempre de portas abertas nos 15 anos em que convivemos lado a lado. Apreciei sua generosa capacidade de escutar, sorrir, e sintetizar desejos e ideias de nosso grupo docente, transformando-as, como um mestre alquimista, em pura inovação educacional. A mesma visão que já havia demonstrado na reitoria da Uerj, na presidência do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps), e que viria a imprimir na Agência Nacional de Saúde Suplementar, onde criou um projeto pedagógico em que todos se sentiam autores. O eixo do currículo se tornou a saúde da família.
Apreciei sua generosa capacidade de escutar, sorrir, e sintetizar desejos e ideias de nosso grupo docente, transformando-as, como um mestre alquimista, em pura inovação educacional
Um dia, presenteei-o com um genial livro do filósofo André Comte-Sponville, o ‘Pequeno Tratado das Grandes Virtudes’. Na sala de espera de algum aeroporto, analisamos juntos o sumário do novo presente: polidez, fidelidade, temperança, coragem, justiça, generosidade, compaixão, gratidão, humildade, simplicidade, tolerância, pureza, doçura, boa-fé, humor… Cada virtude, um capítulo. Pensei: não tem virtude que ele não demonstre!
Mas devo ser justa: o chefe e amigo tinha um defeito… era diabético e adorava doces, para preocupação de quem com ele convivia. Sempre que podia, brindava-o com sobremesas adoçadas com stevia. Pequenas ações de quem, como tantos, queria que ele fosse eterno. Obrigada Hesio, desde o Rato Molhado, impagável o que aprendi contigo.
Persuasivo, capaz de ouvir e sintetizar ideias
Paulo Henrique Rodrigues, médico, Professor do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/Uerj)
Tive a felicidade de conviver com Hesio Cordeiro por mais de 30 anos. Em 1989, deu todo apoio a um seminário que organizei pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), que levou à criação do Núcleo de Saúde do mesmo, por onde passaram Carlos Alberto Trindade, Antônio Ivo de Carvalho, Júlio Muller Neto, Flávio Goulart, Luiz Antônio Santini e vários outros soldados do SUS. Desde então o convívio passou primeiro para o Instituto de Medicina Social da UERJ, criado por Hesio, Nina Pereira Nunes e Moyses Szklo, onde fiz mestrado e doutorado e onde hoje sou professor, depois para a Universidade Estácio de Sá, onde montou um curso inovador de Medicina e o primeiro programa de pós-graduação em Saúde da Família.
Sem ele certamente a luta pelo SUS teria sido muito mais difícil, se é que teríamos o SUS
Hesio era um comandante suave, persuasivo, capaz de ouvir, sintetizar as ideias de todos, e principalmente enxergar muito mais longe do que os demais. Sem ele certamente a luta pelo SUS teria sido muito mais difícil, se é que teríamos o SUS, pois saiu de sua pena e das de José Luiz Fiori e Reinaldo Guimarães "A Questão Democrática e a Saúde", o documento chave que unificou a frente sanitária e a permitiu avançar. O Brasil perdeu um gigante daqueles que aparecem raramente e um gigante generoso e sem vaidades.
‘Arquiteto’ de projeto consistente baseado no direito à saúde
Paulo Buss, médico, sanitarista, coordenador geral do Centro de Relações Internacionais da Fundação Oswaldo Cruz, ex-presidente da Fiocruz, presidente da Federação Mundial de Saúde Pública.
Hesio Cordeiro foi e continuará sendo na nossa memória um dos maiores sanitaristas brasileiros de todos os tempos. Desde 1970, quando liderou uma equipe de jovens médicos dentro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para criar um pioneiro Instituto de Medicina Social (IMS) no Brasil e na região da América, um projeto muito original, inclusive do ponto de vista global e mundial.
Eu tive a honra e a felicidade de ter sido um dos primeiros alunos do mestrado da Uerj onde estavam professores excepcionais liderados por Hesio Cordeiro, pessoa fundamental na construção da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), sendo um dos seus primeiros presidentes. Eu tive a honra de servir ali como secretário-executivo, em uma diretoria que foi dando robustez ao projeto político da Abrasco, ao projeto de representação da saúde pública no Brasil, e que hoje é uma das maiores instituições da América Latina e do mundo em termos de número de participantes individuais e de número de instituições ligadas a ela.
Hesio Cordeiro, Sergio Arouca e outros grandes nomes da saúde brasileira, foram capazes de arquitetar um projeto consistente baseado no direito à saúde, construindo um sistema de saúde que hoje, finalmente, é reconhecido pelos brasileiros e pelo mundo em geral como um dos mais sólidos do mundo
Hesio Cordeiro foi importante também na construção do Sistema Único de Saúde (SUS) porque na presidência do Instituto Nacional de Previdência Social (Inamps), que ocorreu a partir de 1985, com a emergência da Nova República, ele, Sergio Arouca e outros grandes nomes da saúde brasileira, foram capazes de arquitetar um projeto consistente baseado no direito à saúde, construindo um sistema de saúde que hoje, finalmente, é reconhecido pelos brasileiros e pelo mundo em geral como um dos mais sólidos do mundo. Essa base sólida veio da concepção de direito à saúde, de universalidade, de qualidade, de integralidade, fundamentos sobre os quais foi construído o SUS, e que teve essa brilhante participação de Hesio Cordeiro como um dos formuladores.
E eu quero concluir dizendo que antes de tudo, talvez sobretudo, nós podemos dizer que Hesio foi um homem bom. Eu acho que essa característica é muito importante nele. Ele foi sempre acolhedor. Era uma pessoa doce, educada, que sabia abraçar, receber, ajudar. Não havia ninguém que chegasse até o Hesio com um problema e não recebesse um sorriso e uma atenção dele e, muitas vezes, a solução.
Por toda essa vida tão singular e tão produtiva, Hesio foi homenageado pela Fiocruz com dois títulos: pesquisador honorário, em 2015, e doutor honoris causa, em 2014, quando fui convidado pelo então presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, para saudá-lo e o fiz com extrema alegria e muito comovido, porque estávamos homenageando ali um querido professor meu, um grande sanitarista e que continuava com a sua energia, com a sua capacidade intelectual e de emoção, contribuindo muito para a solidificação do Sistema Único de Saúde no Brasil.
Um grande articulador político
Luiz Antonio Santini, médico, ex-diretor geral do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), pesquisador associado ao Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz
“Falar sobre Hesio Cordeiro exigiria muito espaço. Mas considerando que sempre há limite, até para a vida, então vamos lá: Não há possibilidade de se falar do SUS, sem referência a Hesio Cordeiro. Além da sua notável produção intelectual e acadêmica, de seu compromisso social com o povo brasileiro, de seu profundo conhecimento de saúde pública, Hesio foi um grande articulador político. Sua visão de estadista contribuiu para realizar a transição entre o antigo modelo previdenciário e um sistema de saúde único e universal.
Além da sua notável produção intelectual e acadêmica, de seu compromisso social com o povo brasileiro, de seu profundo conhecimento de saúde pública, Hesio foi um grande articulador político
Professor por vocação, foi reitor da Uerj, onde, desde muito antes da criação do IMS, do qual foi um dos fundadores, já se destacava com grande capacidade de inovação e de aprofundamento do compromisso da universidade com a população. Pessoalmente, era um ser humano generoso, cuidadoso no trato com as pessoas, de grande caráter e carisma.
Tive a honra de conviver com ele por muitos anos como amigo e de ter participado da jornada de transição para o SUS, quando fui superintendente regional do Inamps do Rio de Janeiro, durante sua gestão na presidência daquele órgão.
Hesio Cordeiro deixa um legado de conhecimento, amizade e de instituições fortes para a saúde pública e a educação no Brasil.
Pioneirismo ao renovar o campo da Saúde pública e da Medicina
José Carvalho de Noronha, coordenador da iniciativa Prospecção Estratégica do Sistema de Saúde Brasileiro ‘Brasil Saúde Amanhã’ da Fiocruz, diretor do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes)
Hesio Cordeiro. Todos passamos. Uns esparramam seu passar. Por compromisso, saber, afeto, luta. Tive o privilégio de sua companhia em um longo período da minha vida. Testemunha e cúmplice em vários deles.
Foi pioneiro no Brasil em alargar e renovar o campo da Saúde Pública e da Medicina como fundador do Instituto de Medicina Social (IMS) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1971, inaugurando a abordagem biopsicossocial radical do processo saúde e doença, campo que será depois conhecido como Saúde Coletiva.
Introduz no Brasil, no final da década de 1970, o conceito de complexo médico-industrial, permitindo uma abordagem integrada do setor saúde, não apenas em sua dimensão de política social, mas em sua relevância e implicações no campo econômico da prestação de serviços à produção de insumos e geração de empregos.
Lança com outros pesquisadores do IMS, adotados e expandidos pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), os fundamentos da organização do futuro Sistema Único de Saúde no documento Saúde é Democracia.
Pensador ousado e comprometido com a soberania, justiça e democracia, Hesio deixa ao Brasil suas digitais no campo da Ciência, da Saúde e da Educação. Vive Hesio Cordeiro
Um dos fundadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), será seu Presidente de 1983 a 1985.
Participa ativamente da reconstrução democrática do Brasil, assumindo na Nova República, em 1985, a presidência do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), maior orçamento do país na Saúde, mas, à época, atendendo apenas os trabalhadores formais com carteira assinada. Hesio rompe essa limitação e, antes mesmo da Constituição de 1988, expande esse atendimento a toda a população brasileira através da articulação com os Estados e Municípios.
Com Sergio Arouca, lidera a 8ª Conferência Nacional de Saúde. Hesio será um ator central em negociar as teses ali aprovadas para desenhar o Capítulo da Seguridade Social e sua Seção sobre a Saúde da Constituição de 1988, que será inscrita em seu Artigo 196 como Direito de Todos e Dever do Estado.
Assume a Reitoria da Uerj em 1992, colocando-a no patamar das melhores Universidades brasileiras.
Pensador ousado e comprometido com a soberania, justiça e democracia, Hesio deixa ao Brasil suas digitais no campo da Ciência, da Saúde e da Educação. Vive Hesio Cordeiro.
Contribuições à conformação da Saúde Coletiva brasileira
Carlos Henrique Paiva, pesquisador da COC/Fiocruz
O médico, sanitarista, professor e pesquisador Hésio de Albuquerque Cordeiro é um personagem sobre o qual muito se tem a dizer quando se trata de refletir sobre a trajetória da moderna saúde pública brasileira. Atraindo e articulando em seu entorno gerações de estudiosos e militantes pela reforma sanitária brasileira, Hésio produziu inquestionáveis contribuições à conformação, no âmbito acadêmico, da Saúde Coletiva brasileira. Suas contribuições igualmente se estendem ao terreno das políticas públicas, em um movimento que, na segunda metade dos anos 80, culminaria na fundação do Sistema Único de Saúde.
Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 21 de maio de 1942, nos deixa no dia 8 de novembro de 2020, depois de mais de 50 anos de serviços prestados à saúde pública brasileira. Formou-se médico em 1965, pela Faculdade de Ciências Médicas da antiga UEG (atual Uerj). Nesta universidade viveu uma fase riquíssima, em que contou com a instigante convivência de Piquet Carneiro, Nina Pereira Nunes e Moisés Szklo. Uma fase de importantes descobertas e aprendizado. Nascia ali as inquietações e o sentimento de profunda insatisfação com a prática médica dominante, bem como com um sistema de saúde que a organizava de forma muitíssimo excludente e despreparada para lidar com as necessidades da população brasileira. Junto com Piquet Carneiro, Nina, Moysés e outras lideranças, colaborou diretamente para a criação de um curso para a formação de profissionais médicos no campo da medicina social no início dos anos 1970. Nascia assim o Instituto de Medicina Social da UERJ, uma instituição que teve papel decisivo nas discussões em torno da renovação do conceito e das práticas em saúde, bem como no processo da reforma sanitária brasileira.
Hésio produziu inquestionáveis contribuições à conformação, no âmbito acadêmico, da Saúde Coletiva brasileira. Suas contribuições igualmente se estendem ao terreno das políticas públicas, em um movimento que culminaria na fundação do Sistema Único de Saúde
Naquele mesmo contexto, a partir de 1979, Hésio participou dos Simpósios sobre Política de Saúde da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, em um momento decisivo para aqueles que lutavam tanto pelo fim da ditadura, quanto pela instauração de um sistema de saúde universal e público. É também nesse cenário que Hésio assumiu a direção da então Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, a Abrasco, entidade por todos conhecida, que teve papel chave na configuração de um novo campo para a produção científica em saúde no Brasil e na luta política que culminaria no estabelecimento do atual sistema de saúde.
Há que se mencionar, ainda, o papel estratégico que assumiria o Inamps no contexto da reforma sanitária. Com o apoio direto do Instituto, várias iniciativas de ensino e pesquisa foram desenvolvidas, inclusive na Fiocruz. Foi um período de produção de sinergias raras. Enquanto Hésio estava à frente do Inamps, promovendo algumas das mudanças decisivas que preparariam o terreno para o SUS; realizava-se, a partir de março de 1986, a VIII Conferência Nacional de Saúde. Fórum em que se consagrariam os princípios mais caros ao movimento sanitário: a saúde como direito de todos e dever do Estado; a universalização e integralidade na assistência à população; o sistema único, a descentralização e a participação social como elementos fundamentais a serem perseguidos.
Desde então, o incansável Hésio muito contribuiu para a criação e fortalecimento de diversas instituições e quadros da saúde pública brasileira. A quantidade de prêmios e homenagens que recebeu ao longo de sua trajetória ajudam, apenas em parte, a aquilatar a importância do médico, professor e pesquisador Hésio Cordeiro para o Brasil. Ele deixa gerações e gerações da boa cepa de trabalhadores do SUS e da ciência brasileira. Sua luta continua!