Fiocruz
Webmail FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

‘Diário da Pandemia’ traz reflexões de historiadores sobre a crise sanitária

14 out/2020


    
 

O que está acontecendo em 2020? Quem poderia indicar o que nos espera nos próximos meses ou anos? Como e quando uma pandemia termina? São perguntas que fazemos, diariamente, desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a disseminação global da Covid-19, em 11 de março.

Escrito no calor da hora, por historiadores e cientistas sociais de várias gerações e de diferentes continentes, Diário da Pandemia – O olhar dos historiadores traz a marca das interrogações, do espanto e das perdas causadas pelo novo coronavírus além de uma certeza: a compreensão do que estamos vivendo hoje passa por uma mirada no passado remoto e recente.

Lançada pela Hucitec Editora, e organizado pelos pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz Dominichi Miranda de Sá, Giesele Sanglard, Gilberto Hochman e Kaori Kodama, a coletânea reúne textos publicados na série Especial Covid-19 – o olhar dos historiadores da Fiocruz, iniciativa do Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e artigos compartilhados em diversos outros sites e blogs dentro e fora do Brasil, entre março e agosto de 2020.

O diário coletivo abre com um texto dos organizadores, no qual destacam a importante e vertiginosa produção dos historiadores no contexto da pandemia e apresentam um histórico dos principais fatos ocorridos desde 31 de dezembro de 2019, quando a China reportou a OMS casos de uma grave pneumonia de origem desconhecida em Wuhan, na província de Hubei.

Além da linha do tempo, a publicação reúne 35 artigos que mesclam o conhecimento do pesquisador ao testemunho e versam sobre uma ampla gama de enfoques. Abordam biomedicina, saúde pública, poder e política; representações sociais e medos coletivos diante das epidemias; resistências a medidas sanitárias diversas; meio ambiente, relações internacionais; economia e desigualdade; impacto sobre os modos de vida e a consciência planetária; dor; sofrimento e defesa da vida.

“Os textos buscam compreender o presente à luz de outras epidemias e pandemias do passado, e demonstram que emergências sanitárias são, ao mesmo tempo, fenômenos biológicos e sociais. Processos sociais estão mesmo na sua origem e nos seus desdobramentos. A coletânea procura demonstrar que não compreenderemos bem novas epidemias e pandemias sem trabalhos históricos, e, sobretudo, sem pesquisas transdisciplinares especialmente atentas às inter-relações entre sistemas naturais e sociais. Aliás, a pandemia não torna gritante a suspeita de que essa divisão, ela própria, já caducou?”, perguntas os organizadores na introdução “Os historiadores e a pandemia”.

O livro já está disponível para compra on-line na Amazon, UmLivro e Martins Fontes.