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Casa de Oswaldo Cruz passa a integrar a Climate Heritage Network

07 abr/2023

A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) agora faz parte de uma rede formada por mais de 300 organizações em todo o mundo, que, juntas, buscam mobilizar a arte, a cultura e o patrimônio para se posicionar em relação às mudanças climáticas. Ao se tornar membro da Climate Heritage Network, a instituição se compromete a lançar mão desses recursos para apoiar as comunidades na realização de medidas estabelecidas pelo Acordo de Paris, como a redução de emissão de dióxido de carbono.

Criada em 2019, a CHN tem a diversidade como marca. Fazem parte da rede organismos governamentais a nível nacional, regional e local, universidades e organizações de pesquisa, instituições culturais, ONG e sociedade civil, empresas, artistas e designers. Seus membros respondem por museus e bibliotecas; artes e indústrias criativas; paisagens, sítios patrimoniais e arqueologia; além de patrimônio imaterial, saberes tradicionais e saberes indígenas.

No ano passado, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP27) reconheceu as ligações críticas entre a cultura, o patrimônio e as mudanças climáticas. O patrimônio cultural foi inserido em declarações sobre perdas e danos e estratégias de adaptação.

Diretor da Casa de Oswaldo Cruz, Marcos José de Araújo Pinheiro destacou a importância de a instituição ter se tornado membro da Climate Heritage Network: “É um reconhecimento ao nosso propósito de pensar o patrimônio cultural e sua relação com o ambiente e práticas sustentáveis de preservação, e sobre os riscos provocados pelas mudanças climáticas aos nossos bens culturais e naturais, à nossa existência”.

Pinheiro destacou ainda que a participação na CHN “é também um chamado à nossa responsabilidade com o planeta, e, portanto, uma lembrança ao princípio fundamental para a área do patrimônio cultural, que é a preocupação com as gerações futuras”. Lembrou também que a associação à rede internacional se soma a outras ações da Casa que se alinham a propósitos da CNH, como a participação no Comitê brasileiro do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios) sobre Mudanças Climáticas e a elaboração de um Programa de Sustentabilidade no Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (Nahm), que reúne edificações históricas da Fiocruz.

A adesão da Casa de Oswaldo Cruz à CHN ocorreu juntamente com outras 91 organizações, após aprovação de seus pedidos ao Comitê Internacional de Direção da rede. Em comunicado oficial divulgado pela CHN, sua copresidente e diretora do Escritório de Preservação Histórica da Cidade de San Antonio, Texas, Shanon Miller, enfatizou a importância dos novos membros: “Este é o maior e mais diversificado grupo de novos membros que a CHN já acolheu. Reflete o crescente consenso de que, para fazer frente às mudanças climáticas, devemos libertar o poder da cultura, das artes ao patrimônio, para ajudar as pessoas a imaginar e realizar um futuro com baixas emissões de carbono, justo e resiliente às mudanças climáticas”.