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Casa de Oswaldo Cruz lamenta morte de ex-presidente da Fiocruz Luiz Fernando Ferreira

23 out/2018

Foto do ex-presidente da Fiocruz Luiz Fernando Ferreira
Pesquisador emérito da Fiocruz, Luiz Fernando Ferreira. Foto: Fiocruz Imagens

A Casa de Oswaldo Cruz lamenta a morte do ex-presidente e pesquisador emérito da Fiocruz, Luiz Fernando Ferreira, que teve papel central na criação da COC. Em 2013, o documentário Fé Eterna na Ciência, frase cunhada por Oswaldo Cruz, registrou a trajetória do pesquisador. Em depoimento sobre a produção do filme realizado pela Casa de Oswaldo Cruz, Stella Penido, pesquisadora da COC, roteirista e diretora da obra, disse que Luiz Fernando Ferreira possuía uma “relação lúdica com a ciência”. Também destacou a erudição do pesquisador. Segundo ela, ele tinha “um tipo de formação que não existe mais.”

Luiz Fernando seria homenageado no 1º Fórum Fiocruz de Memória, que foi adiado em decorrência do falecimento do ex-presidente. O evento estava marcado para os dias 24 e 25/10, no auditório do Museu da Vida, em Manguinhos (RJ). O corpo de Luiz Fernando Ferreira, que faleceu na tarde desta segunda (22/10), será velado no Castelo Mourisco, nesta terça-feira (23), na sala 117, das 11h às 15h.

Nascido no Rio de Janeiro em 23 de setembro de 1936, o pesquisador Luiz Fernando da Rocha Ferreira da Silva formou-se em medicina pela Faculdade Nacional da Universidade do Brasil, em 1960. Dois anos depois, concluiria seu doutorado. Em 1966, tornou-se professor titular de parasitologia na recém-criada Fundação Escola de Saúde Pública (Ensp). Lá, fundou o Departamento de Ciências Biológicas (DCB).

Na década de 1970, Luiz Fernando se interessou pela autoctonicidade em torno da esquistossomose mansônica no Brasil. Sua investigação sobre o parasito encontrado em fezes humanas preservadas (coprólitos) o levou a criar uma nova ciência, em 1978: a Paleoparasitologia. Pesquisador emérito da Fiocruz, Luiz Fernando Ferreira era um incentivador da formação de recursos humanos para a saúde em diferentes níveis escolares. Também se tornou referência mundial nas pesquisas Paleoparasitológicas.

Além de dirigir a Ensp (1978-1979), foi vice-presidente de Recursos Humanos e de Ensino na gestão de Sergio Arouca na Presidência da Fiocruz (1985/90), contribuindo para a criação da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e da Casa de Oswaldo Cruz. Entre março e junho de 1990, foi interinamente presidente da Fundação. Em 2004, foi diplomado Pesquisador Emérito da Fiocruz e, no ano seguinte, tomou posse como membro honorário da Academia Nacional de Medicina.