How can the french Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) became naturalist and decided to do a cientific journey to Brasil?
se tornou um naturalista e decidiu empreender uma viagem científica ao Brasil? Esses questionamentos nortearão a apresentação da historiadora Lorelai Brilhante Kury neste Encontro às Quintas. A inserção social e cultural do naturalista – mostrará a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) – foi determinante para que ele se distinguisse dos coletores não qualificados.
Doutora em História pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS, na sigla em francês), Lorelai aponta que a adoção do método natural do botânico Antoine Laurent de Jussieu (1748-1836) e da botânica filosófica por Saint-Hilaire o situava em um estrato superior da atividade científica, em oposição ao tipo de botânica praticada por amadores e veiculada em obras de divulgação.
A vinda para o Brasil não estava prevista no início da carreira de Saint-Hilaire e não era um caminho natural. Ao contrário, para que a viagem fosse útil para as instituições francesas, foi necessário realizar o envio de coleções bem preparadas e de informações fiáveis. Para seu benefício como naturalista, Saint-Hilaire teve que articular uma série de apoios tendo em vista garantir os desdobramentos posteriores a seu retorno, como o uso de seu herbário e a publicação de memórias científicas.
Lorelai Kury atua como professora do Programa de História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz e do Departamento de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Autora dos livros Representações da fauna no Brasil, séculos XVI-XX e Usos e circulação das plantas no Brasil, a pesquisadora publicou uma série de artigos, sendo o mais recente O naturalista Veloso, na Revista de História da USP, e organizou diversas obras.
Encontro às Quintas
Convidada: historiadora e pesquisadora Lorelai Brilhante Kury (COC/Fiocruz e Uerj)
Tema: “Viagem científica do naturalista Saint Hilaire ao Brasil”
Data: 27 de abril
Horário: 10 horas
Local: Expansão da Fiocruz – Av. Brasil, 4036 (sala 401) – Manguinhos