Visitante usa óculos de realidade virtual. Foto:Peter Ilicciev.
Em parceria com a farmacêutica Sanofi, O Museu da Vida da Fiocruz e o Sesc São Paulo inauguram para o público, no dia 5 de outubro, a exposição interativa gratuita Aedes: que mosquito é esse?, sobre o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A atração tem concepção, organização e montagem do Museu da Vida, e classificação livre. A exposição passeia pelo complexo universo do inseto, usando tecnologia avançada e material multimídia. A iniciativa é apoiada pela Rede Dengue, Zika e Chikungunya da Fiocruz – que coordena diversas ações integradas para o controle do Aedes na instituição.
Para o diretor da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Paulo Elian, “a exposição apresenta a complexidade científica e social dos problemas sanitários de maneira clara e em linguagem direta. É o conhecimento a serviço da vida e da saúde da população”. De maneira clara e consistente, a exposição representa o compromisso da Sanofi com a Educação para a Saúde. “Acreditamos na educação como elemento chave para que a população tome consciência e cuide de sua saúde e de todos no seu entorno. Juntos, podemos mudar o cenário das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Brasil”, comenta Hubert Guarino, diretor geral da Sanofi Pasteur no Brasil.
Com o intuito de sensibilizar o público para a importância de seu papel como protagonista na promoção de práticas saudáveis, e alinhado ao conceito de Promoção de Saúde, o Sesc traz esta exposição com o intuito de provocar reflexões acerca dos fatores de risco para doenças, para além da visão biológica, entendendo os sujeitos em sua integralidade, e respeitando o contexto social onde estão inseridos. A Instituição trabalha com o objetivo de endossar valores que permitam desencadear processos de diálogo, crítica e possível transformação social, por meio da educação, premissa presente em todos os Programas.
Diversas atividades interativas estão à disposição do público, entre elas o “Quintal Interativo”, em que é possível observar, com lupas, o ciclo de vida do Aedes aegypti e as fases ovo, larva, pupa e alada (adulto). A ideia é convidar o visitante a encontrar potenciais criadouros do vetor, como pneus, caixas d’água destampadas e garrafas armazenadas de maneira incorreta. O jogo no estilo point-and-click promete mexer com o público e se tornar uma das grandes sensações.
O jogo “Detetive da Dengue” apresenta cenários com possíveis criadouros – o participante deve identificá-los e tocá-los para eliminar a ameaça. Quem encontrar e bloquear mais focos, ganha a partida e acumula pontos na passagem à próxima fase, com nova missão. A caça ao mosquito será intensa! Brincando, o visitante pode usar um aplicativo no celular para achar criadouros do inseto em locais distribuídos ao longo da exposição.
Exposição é dividida em seis módulos
A mostra é dividida em seis módulos, explorando diversos temas: “Mosquitos e vírus: combinação perigosa”; “Os vírus – por dentro dos vírus e Um Mosquito Doméstico – o zumzumzum da questão; “Dengue”; “Zika”; “Chikungunya”; “Pesquisa em busca de soluções e Controle – esforço conjunto”.
Uma impressionante escultura de mosquito fêmea, com mais de dois metros – criação do artista plástico Ricardo Fernandes –, recepciona o visitante e usa alta tecnologia para instigar o público: sensores de proximidade distribuídos em partes específicas do modelo 3D do Aedes aegypti projetam as informações em uma tela gigante, com textos, imagens e animações.
Vídeos e dispositivos interativos abordam a biologia, a origem, a distribuição e a evolução dos vetores Aedes no mundo. Os vírus e os sorotipos existentes até o momento compõem o segundo módulo da exposição. O que é e o que faz o vírus da dengue? Os tipos de vírus da dengue (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4); o vírus da febre de chikungunya (CHIKV) e o vírus zika (ZIKV); origem e evolução dos vírus também são abordados.
O terceiro módulo explora o tema da dengue, sintomas e suas principais consequências para o corpo humano. No quarto e quinto módulos, zika e chikungunya dominam o espaço. São abordadas questões como a relação do vírus zika com a microcefalia e o histórico da chikungunya no Brasil. O sexto e último módulo aborda as principais pesquisas em andamento, em nosso país e no mundo, e as medidas de controle dos vetores que transmitem essas arboviroses. Entre outras questões, são tratadas: a evolução da resistência a inseticidas; a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas, além do uso da bactéria Wolbachia (presente em várias espécies de insetos), uma novidade da Fiocruz para impedir a multiplicação dos vírus no Aedes aegypti.
Complementando o último módulo, o controle do mosquito é abordado para mostrar a importância da participação da sociedade de maneira correta. Materiais do Ministério da Saúde e de parceiros na luta contra o mosquito podem ser acessados. Dois documentários fazem parte da exposição: O Mundo Macro e Micro do Mosquito Aedes aegypti – para combatê-lo é preciso conhecê-lo e Aedes aegypti e Aedes albopictus: uma ameaça nos trópicos, dirigidos por Genilton José Vieira, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Serviço
Exposição Aedes: que mosquito é esse?
Local: Sesc Florêncio de Abreu
Endereço: rua Florêncio de Abreu, 305/315 – Centro – São Paulo
Abertura para o público: 5 de outubro a 15 de dezembro
Atendimento: segunda a sexta, das 10 às 19h
Entrada: grátis
Informações: (11) 3329-2800
Agendamento de grupos monitorado – Inscricoes@florenciodeabreu.sescsp.org.br
Classificação: sem restrição
Site: sescsp.org.br/florenciodeabreu