Quem trabalha com educação em saúde e tiver curiosidade em conhecer a trajetória das ações empreendidas no país com o objetivo de controlar o câncer de colo do útero, pode visitar uma exposição sobre o tema no Hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro, entre os dias 4 e 7 de julho, durante o 14º Congresso Mundial de Patologia Cervical e Colposcopia.
A observação dos quinze painéis permitirá perceber as transformações na abordagem dessa doença: a proposta de tratamento centrado no medo e no combate aos tumores em estágios avançados vai dando lugar a uma nova concepção de educação em saúde, voltada para a descoberta precoce, a prevenção e a promoção da saúde da mulher brasileira.
A exposição foi elaborada pelos integrantes do Projeto “História do Câncer – atores, cenários e políticas públicas”, uma parceria do Instituto Nacional de Câncer com a Casa de Oswaldo Cruz – Fiocruz. Coordenado pelos pesquisadores Luiz Antônio Teixeira e Marco Porto, este projeto tem como principais objetivos analisar a trajetória das ações de controle do câncer e recuperar fontes documentais e iconográficas relevantes para essa história.
“O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública no Brasil”, ressalta Luiz Teixeira, ao explicar que se trata de uma doença comum na população feminina, e corresponde à quarta causa de morte de mulheres com câncer no país”. Ele lembra ainda que, apesar da alta incidência e da gravidade da doença, as lesões iniciais podem ser detectadas pelo “Papanicolau”, um exame preventivo.
A exposição mostrará que uma parte central da estratégia de controle da doença consiste na conscientização da população feminina, sobretudo das mulheres da faixa etária de maior risco. A partir de meados do século passado, diversos materiais educativos e cartazes buscaram atingir esse objetivo.
Durante o congresso, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) apresentará as novas diretrizes para o rastreamento do câncer de colo do útero no Brasil. A principal novidade do documento é a ampliação da faixa etária da população a ser submetida ao exame preventivo, que antes era dos 25 aos 59 anos de idade, e agora passa a ser até os 64.
As novas diretrizes para o rastreamento do câncer de colo do útero no país foram elaboradas por diversas instituições de saúde, que atuaram em parceria: o Inca; a Fiocruz, através do Instituto Fernandes Figueira; o Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IGUFRJ); a Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Essas diretrizes fazem parte do Plano Nacional de Fortalecimento das Ações de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer do colo de útero, do Ministério da Saúde, e foi lançado pela presidente Dilma Rousseff em março deste ano, em Manaus.
Local: Av. Sernambetiba, 2.630 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – Hotel Windsor
Data e horário: 4 de julho, a partir das 18h30m