A nova vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz é Nísia Trindade Lima, pesquisadora da Casa desde 1987, e professora do Curso de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde. Nísia foi diretora da COC entre 1999 e 2005. Formar recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e articular ações nos campos da informação e comunicação com as atividades de ensino são atribuições dessa vice-presidência. Nísia assume o cargo no lugar da médica Maria do Carmo Leal, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp).
Nísia é doutora em sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), com atuação nas áreas de pensamento social e história da saúde no Brasil. Pesquisadora do CNPq e, Cientista do Nosso Estado pela Faperj, tem se dedicado à valorização dos estudos relacionados à ciência e à saúde, em que analisa a formação social e cultural do Brasil, bem como as controvérsias históricas e contemporâneas relativas ao conceito de desenvolvimento.
Coordenou projetos de pesquisa e editoriais sobre a história da Ensp, o SUS e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). É membro do Pen Club e coordenadora do GT Pensamento Social no Brasil, da Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs). Publicou artigos científicos nos principais periódicos das áreas de ciências sociais, história e saúde pública, e os livros Um sertão chamado Brasil (Prêmio Melhor Tese de Sociologia – Iuperj- 1998) e, em colaboração, Uma escola para a saúde; Saúde e democracia: história e perspectivas do SUS; Saúde coletiva como compromisso: a trajetória da Abrasco; e Antropologia brasiliana: ciência e educação na obra de Edgard Roquette-Pinto.
Desde seu ingresso na Fiocruz, combinou atividades de pesquisa e ensino com ações voltadas ao desenvolvimento institucional e à gestão participativa, tendo atuado como relatora do I Congresso Interno, em 1988. Durante sua gestão como diretora da Casa de Oswaldo Cruz foi criado o Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde e inaugurado o Museu da Vida, projeto que tivera início no período em que Paulo Gadelha dirigira a unidade. Na área de educação e divulgação científica, concebeu e coordenou exposições e outros projetos, tendo sido a primeira coordenadora das Olimpíadas Brasileiras de Saúde e Meio Ambiente.
Coordenou em 2010, em colaboração com Julio Schweikardt, o Curso de Especialização em História da Saúde na Amazônia, que acaba de formar sua primeira turma, em uma parceria da Casa de Oswaldo Cruz com o Centro de Pesquisa Leonidas e Maria Deane (CPqLMD).
Desde 2006 integra a equipe da vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação, quando passou a exercer a atividade de editora científica da Editora Fiocruz. Nessa área também foi editora, em colaboração com Ricardo Ventura Santos e Maria do Carmo Leal, da coleção Temas em Saúde, voltada para a divulgação científica de questões clássicas e problemas contemporâneos da área. Essas atividades editoriais contribuíram para a idealização do Espaço Saúde e Letras, evento que se institucionalizou na programação dos congressos da Abrasco e para a parceria com o Canal Saúde no programa Ciência e Letras.
Profissionais da COC em assessorias
Outro profissional da COC, Fernando Antônio Pires Alves, vai ser o coordenador das ações de informação e comunicação da mesma vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação. Mestre em história das ciências, Fernando finaliza seu doutoramento e coordena o Observatório História e Saúde, vinculado à Rede Observatório de Recursos Humanos – ObservaRH/Segetes-MS/OPAS e é professor do Curso de Especialização em Informação Científica e Tecnológica em Saúde, do Icict, Fiocruz.
Com a ida de Nísia para a vice-presidência, outro pesquisador e professor do Curso de Pós-graduação da COC, Gilberto Hochman, assume a editoria científica da Editora Fiocruz, ao lado do professor Ricardo Ventura Santos, da Ensp.
Gilberto Hochman é doutor em ciência política pelo Iuperj. Em 1997, sua tese de doutorado, A era do saneamento: as bases da política de saúde pública no Brasil, ganhou o Prêmio José Albertino Rodrigues, da Anpocs, e foi publicada em 1998, pela Editora Hucitec.
É pesquisador do CNPq e professor colaborador na Escola de Governo (Ensp). Coordena atualmente o projeto de pesquisa “Saúde pública e construção de Estado: políticas nacionais, organizações internacionais e programas de controle e erradicação de doenças no Brasil”. É consultor externo do Global Health Histories Project, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Gilberto Hochman é editor assistente da revista Ciência & Saúde Coletiva, co-editor da revista Brazilian Political Science Review e um dos editores associados da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos.
É autor e organizador de vários livros, entre eles Políticas públicas no Brasil (2007) e Cuidar, controlar, curar: ensaios históricos sobre saúde e doença na América Latina e Caribe (2004), da Editora Fiocruz. Nesta Editora, é coeditor da Coleção História e Saúde e integra o conselho editorial desde 2003.
