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Museus apresentam ações educativas promovidas no Rio de Janeiro

25 mar/2014

Com o tema “Práticas educativas em museus de ciência, história e arte”, a terceira mesa-redonda do Simpósio de Educação em Museus, promovido pelo Museu da Vida, trouxe relatos de diferentes ações educativas e experiências com comunidades de baixa renda realizadas por museus cariocas. A mesa foi mediada por Magaly Cabral, do Museu da República.

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Maria Paula Bonatto, do Museu da Vida, apresentou o programa Tecendo Redes por um Planeta Terra Saudável, promovido pelo Serviço de Educação em Ciências e Saúde (Seducs). O projeto teve início em 2007, com a contribuição de profissionais do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e do Museu de Astronomia e Ciências Afins. Bonatto aponta que um dos objetivos da iniciativa é promover um diálogo intensivo com a comunidade que vive no território onde está inserida a Fiocruz e discutir sua realidade local. Segundo ela, deve-se observar se a ciência produzida na Fiocruz está contribuindo para mudar a realidade do território de Manguinhos. “Essa é uma situação de muitas contradições quando pensamos a realidade local do ponto de vista da ciência e da saúde”, afirma.

Vera Lúcia Bottrel Tostes, do Museu Histórico Nacional, abordou a relação do museu com o sistema prisional, a partir do trabalho que o setor educativo do museu desenvolve em penitenciárias.  O Museu leva exposições itinerantes para unidades carcerárias, permitindo o acesso à comunidades que não tem direito à liberdade. Tostes afirma: “É um trabalho que nos deixa muito felizes e que nos permite traçar um elo sutil entre o museu e a sociedade […] Pode ser uma utopia de nossa parte, mas acreditamos que, se um ali sair do esquema da criminalidade, já valeu a pena”.

Fernanda Rabello de Castro, do Museu da Chácara do Céu, localizado em Santa Teresa, apresentou o projeto Letrarte, que consiste em uma ação educativa continuada e de formação integral de alunos em processo de alfabetização a partir de atividades de arte-educação. “O projeto começou a desenvolver diversas ações com as escolas das comunidades no entorno e a multiplicar as ações do museu”, afirma.

Andrea Fernandes Costa relatou a experiência do Museu Nacional, da UFRJ, com o uso e empréstimo de sua coleção didática científica a escolas e educadores. Costa discutiu aspectos históricos da criação da Seção de Assistência ao Ensino do museu, fundada em 1927, que consiste no primeiro setor educativo brasileiro. A coleção didática científica é formada por aproximadamente 2500 itens de diferentes grupos taxonômicos.