Que tal um mergulho nos oceanos, este mundo que cobre 70% da Terra? Apesar de exercerem um papel fundamental para preservar a vida, o que se conhece atualmente sobre os oceanos representa menos de 1% da superfície que ocupam. A exposição Oceanos, que estreia no Museu da Vida em 2 de junho, às 14h, permitirá um passeio da praia até profundidades abissais, para se entender um pouco mais sobre a influência da luz solar nos oceanos, a biodiversidade aquática e as correntes marinhas.
“Nosso objetivo com a exposição é estimular a curiosidade e o interesse dos visitantes de todas as idades pelos oceanos, fundamentais para a vida na Terra, mas cujos habitantes conhecemos tão pouco, com a expectativa de aumentar a preocupação por sua conservação”, comenta uma das curadoras da exposição, Luisa Massarani.
Num primeiro momento, o visitante é convidado a mergulhar na “praia” e dar os primeiros passos neste mundo ainda pouco conhecido. Em uma espécie de aquário cenográfico, os visitantes terão algumas pistas da biodiversidade que se esconde ainda próxima à superfície. A partir de dois equipamentos interativos, poderão buscar mais informações sobre diferentes espécies, como o peixe bodião-brasileiro, que, dependendo da quantidade de machos e fêmeas em um cardume, pode ter uma fêmea assumindo o papel de um macho, ou o peixe-leão, que, apesar de ser supervalorizado como peixe ornamental em aquários, pode se tornar uma grande dor de cabeça como espécie invasora aqui no Brasil.
Em um segundo módulo, o visitante vai se deparar com novas espécies, estas adaptadas a mergulhar a profundidades muito maiores. Estão lá as baleias-bicudas-de-cuvier, que chegam a mergulhar até 3 mil metros de profundidade, mesmo tendo que voltar à superfície para respirar, ou os linguados, um peixe que, por viver no fundo do mar, tem os dois olhos virados para cima, o que aumenta seu campo de visão e permite que eles percebam melhor a distância de presas e predadores.
Ainda mais diferentes são outros seres marinhos que vivem em grandes profundidades. Para conhecer espécies desse tipo, é necessário o uso de submarinos. Por isso, a exposição traz uma instalação inspirada em um submarino, com vídeos de pesquisas que conseguiram capturar lindas imagens de seres vivos incríveis, como o pepino-do-mar ou o polvo-dumbo.
“A ideia foi criar, por meio de elementos cenográficos e da iluminação, um espaço altamente imersivo, onde o visitante é convidado a mergulhar em diferentes ambientes oceânicos”, destaca Leticia Rumjanek, também curadora da exposição. “Uma variedade de espécies é apresentada em estruturas que se assemelham a aquários, nas quais é possível ter uma ideia do tamanho de alguns animais. Para espécies muito grandes, foram feitas ilustrações nas paredes. Apresentamos, por exemplo, um tubarão-baleia com 10 metros de comprimento. Imagine que este tubarão pode chegar a ter o dobro deste tamanho.”
O visitante também é convidado a enfrentar um grande perigo dos mares: o lixo. A mostra traz uma instalação inspirada na dificuldade pela qual alguns animais têm de passar no meio do oceano.
A exposição Oceanos, que conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pode ser visitada de terça a sexta, das 9h às 16h30, e aos sábados, das 10h às 16h. O Museu da Vida está localizado na avenida Brasil, 4365, no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro. A entrada é gratuita.
Mais informações no site do Museu da Vida ou pelo telefone (21) 2590-6747.