A Fundação Oswaldo Cruz recebeu a nota máxima do Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica), pelo projeto que tem por objetivo construir o Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), concebido para abrigar o maior e mais expressivo conjunto documental sobre a área da saúde do país desde o final do século 19. O projeto, coordenado pelo Serviço de Infraestrutura da Casa de Oswaldo Cruz, foi elaborado pelos arquitetos Cristiane Cabreira e Alexandre Pessoa, ex-colaboradores da unidade.
Eficiência energética
O projeto obteve o Selo Procel, desenvolvido e concedido pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia e da Eletrobras.
No processo de concessão do Selo Procel, a Eletrobras conta com a parceria do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), executor do Programa Brasileiro de Etiquetagem, cujo principal produto é a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia.
A etiquetagem de edifícios é um mecanismo que avalia e classifica o nível de eficiência energética de edifícios. Essa atividade foi iniciada em 2001, com a promulgação da Lei nº 10.295, que trata da Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia.
Detalhe da fachada do CDHS
Submetido à avaliação, o projeto do Centro de Documentação e História da Saúde incluíu o edifício completo: o sistema de iluminação, o condicionamento de ar e a envoltória, que são janelas, painéis plásticos, clarabóias, portas de vidro e paredes de blocos de vidro. Trata-se do primeiro do gênero no país analisado por simulação pelo Instituto.
Cada item avaliado pode ter classificação que varia de ‘A’ (eficiência máxima) a ‘E’ (eficiência mínima). O projeto apresentado pela Casa de Oswaldo Cruz, unidade técnicocientífica da Fiocruz, obteve A. Atingiu pontuação 6,0 e mais um ponto de bonificação dado pela economia de água, enquanto a média de projetos certificados oscila entre 4,5 e 5,8.
O Centro de Documentação
Milhares de documentos que retratam os processos políticos, sociais e culturais da saúde desde o final do século 19 ficarão guardados no CDHS. Entre os arquivos, destacam-se os dos cientistas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas reconhecidos como acervos de relevância para a história da humanidade pelo Programa Memória do Mundo da Unesco, em 2007 e 2008.
Sala de Consulta do Acervo da COC
O público alvo do CDHS inclui pesquisadores, estudantes e especialistas em ciências humanas e sociais; jornalistas, documentaristas, roteiristas, escritores, diretores de arte e produtores culturais, bem como profissionais de saúde.
“O certificado confirma o valor excepcional e o interesse nacional de um acervo que deve ser protegido para benefício da humanidade”, destaca Paulo Roberto Elian dos Santos, vice-diretor de Pesquisa, Educação e Divulgação Científica da Casa de Oswaldo Cruz.