A pesquisadora Priscila Aquino Silva abordará na próxima edição do Encontro às Quintas o protagonismo do rei Dom João II, de Portugal, e da rainha Leonor, no processo que levou o país a consolidar um modelo de assistência à saúde moderno no século 15. Nessa época, a nação europeia passava por profundas transformações, ocorridas na esteira do fortalecimento do poder real. O evento acontece no dia 23/5, às 10h, no prédio da Expansão (Av. Brasil, 4.036, sala 407).
Confira a apresentação ao vivo, a partir das 10 horas de 23/5
Priscila é mestre em História Medieval pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutora pela mesma instituição, com estágio na Universidade Clássica de Lisboa. Atualmente, é pesquisadora do Scriptorium – Laboratório de Estudos Medievais e Ibéricos e professora da Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro.
Ela mostra que, nesse novo modelo assistencial, o Estado passou a centralizar as ações de amparo aos desvalidos e a intervir diretamente na saúde espiritual e corporal do reino. A intensa remodelação pela qual passaram o assistencialismo e a caridade expressaram-se na construção do Hospital das Caldas da Rainha e do Hospital de Todos os Santos, de Lisboa, e na maior vigilância e controle sobre as atividades dos profissionais de saúde. Criou-se, então, regimentos para físicos e boticários.
Conhecido como Príncipe Perfeito, D. João II foi fundamental na história de Portugal por sua política ultramarina e por empreender a efetiva centralização política do país rumo à modernidade. Em seu reinado, o soberano tomou medidas centralizadoras que retiravam da nobreza os privilégios e prerrogativas que seu pai, D. Afonso V, havia-lhes conferido.
Nesse contexto de rupturas, as imagens heráldicas escolhidas pelo casal régio para figurar em hospitais e gafarias (leprosário) e nas capelas e lugares sagrados e de cura revelam intenções de cunho cristão e messiânico.
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