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Em Estado de Palavra: quando a história não consegue que se meta fora a literatura

01 out/2010

“Tanto para o poeta, como para o historiador o que importa, o grandioso são os desconheceres, aquilo que se vai buscar escondido nas palavras”. A citação de Durval de Albuquerque, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, expressa o tom que ele dará no próximo Encontro às Quintas.

Por muito tempo, os historiadores desconheceram as palavras que não eram para eles senão um instrumento. Elas serviam apenas para dizer o que se passava lá no passado. Mas a história, defende o pesquisador, não conseguiu se ver livre da literatura, por terem o mesmo sangue, por partilharem da mesma natureza: ambas só existem em estado de palavra. Tanto a história quanto a literatura são formas de construir narrativas sobre tempos, espaços, eventos, sujeitos, personagens. Estas são questões instigantes que o convidado trará para o debate.

Os historiadores finalmente perderam a inocência diante das palavras. Eles se descobriram em estado de palavra, e segundo Durval de Albuquerque, este estado interessante é como estar grávido de possibilidades de dizer e de fazer ver e compreender.

Entre as obras do atual presidente da Anpuh estão: História: a arte de inventar o passado (2007), Cartografias de Foucault (2008), e Nos destinos de fronteira: história, espaços e identidade regional (2008).

Coordenação do Encontro às Quintas: Marcos Chor Maio
Data: 7 de outubro de 2010
Horário: 10 horas
Local: sala 407 do Prédio Expansão | Avenida Brasil, 4036 – Manguinhos, Rio de Janeiro
Mais informações: (21) 3882-9095 e historiasaude@coc.fiocruz.br