O elevador instalado em 1909 no Castelo da Fiocruz está em restauração. O serviço tem como objetivo recuperar os seus materiais construtivos para a preservação dos seus aspectos originais e para garantir a funcionalidade do equipamento, o mais antigo em funcionamento no Rio de Janeiro. A previsão é de que o elevador volte a operar no final de agosto.
Restauração do elevador do Castelo Mourisco
Liderada pela equipe do Departamento de Patrimônio Histórico da Fiocruz, a restauração está focada na recuperação de materiais, principalmente a madeira e os metais. Trechos de peças de madeira danificadas estão sendo substituídas por outras do mesmo tipo. O verniz anterior, que estava escuro, será substituído por um novo que trará de volta a luminosidade original da madeira da cabine.
Segundo o arquiteto Bruno Teixeira de Sá, responsável pela restauração, o projeto do elevador segue os traços do desenho do Castelo. “Ele possui um coroamento que imita as ameias do Castelo, uma cúpula com motivos árabes, características marcantes que o fazem muito especial como elevador”, explica Bruno. “Era supermoderno para a época”, exalta o arquiteto.
Bruno destaca a história utilitária e simbólica do elevador. “Foi pensado justamente para funcionar como uma “cabine elegante para os pesquisadores – para o chamado Palácio das Ciências – e, também, como cabine funcional para levar os materiais e equipamentos aos laboratórios que funcionavam no Castelo”, conclui.
Descobertas no Processo de Restauração
O trabalho também incluiu a correção de deformações e de intervenções feitas ao longo do tempo. A cúpula, por exemplo, foi desmontada para que sua estrutura de metal fosse realinhada e reforçada.
Uma das descobertas importantes foi um gradil ornamental sobre a porta que parecia ser de ferro, mas o trabalho dos técnicos o identificou como bronze. A revelação é significativa porque ressalta a qualidade dos materiais usados na época e a atenção aos detalhes.
A história do elevador
O elevador é um elemento importante do Castelo. Foi projetado sob medida para o edifício, com uma estrutura que inclui duas cabines sobrepostas, para cumprir as funções de transporte de pesquisadores e de materiais e equipamentos.
A restauração garante que o elevador continuará a funcionar e a contar a história da ciência e da saúde e do patrimônio arquitetônico da Fiocruz.