Treze mil imagens históricas estarão disponíveis online até junho de 2013
2012-02-24
A sensação da equipe composta por três profissionais graduados em arquivologia e história, além de um técnico em arquivística é de dever quase cumprido. Afinal, o principal objetivo do projeto coordenado por Adriana Camelo, de digitalizar o acervo de negativos flexíveis da Casa de Oswaldo Cruz, já ultrapassou uma etapa fundamental: 13 mil fotografias em alta resolução compõem um banco de imagens do Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz e, até junho de 2013, estarão disponíveis no Portal — ali tudo estará em baixa resolução.
As imagens já podem ser obtidas a partir de consultas ao Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz, que conta com as cópias impressas em 13 catálogos. A equipe do projeto já conferiu cada uma das fotos em formato eletrônico, que ocupam dois HDs, fruto do trabalho de Zuca e Fernando Vasconcelos, da Ideia D. “As fotografias digitais começaram a ganhar tratamento arquivístico, que inclui a identificação, indexação e o quadro de arranjos”, explica Adriana Camelo.
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Em 1912, pesquisadores do IOC Belisário Penna e Arthur Neiva (sentados, ao centro) participam de expedição científica em Bebe Mijo, no Piauí. |
Adriana falou dessas etapas, começando pela descrição de alguns dos Fundos a que as fotografias se destinaram: “As fotos vieram de vários lugares e passaram a integrar ‘Fundos’ diferentes”.
Há o ‘Souza Araújo’, que guarda a documentação textual e fotográfica daquele médico, que se dedicou ao estudo da hanseníase. Outro é o ‘Bambuí’, nome da cidade de Minas Gerais onde Carlos Chagas aprofundou suas pesquisas de campo sobre a doença que leva o seu nome.
Mais um dos fundos a receber fotos digitalizadas em processo de tratamento arquivístico é o ‘Fundação Rockefeller’, cuja atuação foi intensa no país, inclusive no Instituto Oswaldo Cruz, onde equipes dedicaram-se a projetos que visavam combater a febre amarela, fabricando a vacina que imuniza contra a doença.
Vale destacar também o ‘Fundo Instituto Oswaldo Cruz’, que reúne fotos da construção do campus de Manguinhos, da primeira geração de pesquisadores, das expedições científicas ao interior do Brasil e registros diversificados do cotidiano desta instituição científica, desde suas origens, na virada do século 19 para o 20. A expectativa é que esse banco de imagens esteja no Portal e na Base Arch até junho de 2013
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Como ministro da Educação e Saúde, em 1931, Belisário Penna posa para um retrato. |
Todo material fotográfico ou textual que chega ao Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz fica de quarentena ou seja, passa por higienização anti-fungos e insetos. Cleber Belmiro, responsável pelo Serviço de Arquivo Histórico, chama atenção para o fato de que os fundos ‘Oswaldo Cruz’ e ‘Carlos Chagas’ já estão organizados, digitalizados, com a etapa arquivística pronta e que, agora, “falta apenas o trabalho da nossa equipe de tecnologia. E aí o Fundo Oswaldo Cruz ficará disponível na rede eletrônica”.
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Oswaldo cruz e Belisário Penna na Estrada de Ferro Madeira — Mamoré. |