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Alunas de escolas públicas visitam a COC/Fiocruz no Dia de Mulheres e Meninas na Ciência

14 fev/2020

Por Haendel Gomes e Renata Fontanetto

Acompanhar e conhecer o trabalho de pesquisadores da história das ciências e da saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Essa foi a experiência vivida pela estudante Ana Carolina Grijó, que participou das atividades do Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, uma iniciativa das Nações Unidas que integra o calendário da Fiocruz. Cursando o segundo ano do Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ), a aluna foi recepcionada pela historiadora Simone Kropf.

Esta foi uma oportunidade excepcional para mostrar o trabalho [que desenvolvemos] na Fiocruz […] e discutir avanços, obstáculos, conquistas e desafios na luta pela equidade de gênero nas ciências

Em dois dias, Ana Carolina participou de várias atividades. Ela visitou a Biblioteca de Obras Raras, no Castelo da Fiocruz, onde conheceu o acervo e as técnicas de restauração e conservação de livros, passou pelo arquivo histórico e conversou com outros pesquisadores da COC.

Na Biblioteca de Obras Raras, Ana Carolina foi acompanhada por alunas do mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz. Ela também conheceu a Biblioteca Central de Manguinhos, no campus da Fiocruz, que, assim como a de Obras Raras, é vinculada ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict).

No Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS) da COC, a estudante pôde conhecer mais sobre as atividades do historiador e o papel e a importância da história na Fiocruz. O projeto Memória institucional: mulheres na Fiocruz, desenvolvido por pesquisadores da COC, foi tema da conversa com as historiadoras Simone Kropf e Daiane Rossi. Envolvidas no projeto, elas contaram a Ana Carolina sobre as primeiras mulheres a ingressar na instituição.

No Departamento de Arquivo e Documentação da COC, a estudante teve contato com documentos e conheceu as instalações de guarda dos acervos, como os mais de 8 mil negativos de vidro com imagens que remontam às origens da Fiocruz.

A visita terminou com evento na Tenda da Ciência Virginia Schall, onde estudantes e pesquisadoras compartilharam suas experiências e participaram de um debate em torno de questões sobre gênero e mulheres na ciência.

“Esta foi uma oportunidade excepcional para mostrar o trabalho [que desenvolvemos] na Fiocruz, especialmente a diversidade de áreas em que as mulheres atuam na instituição, e discutir avanços, obstáculos, conquistas e desafios na luta pela equidade de gênero nas ciências”, afirma Simone, pesquisadora da COC desde 1997.

Comemorado todo dia 11 de fevereiro, o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência foi instituído em 2015 pelas Nações Unidas para dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica ao redor do mundo. Em 2019, a data passou a integrar o calendário de eventos da Fiocruz, que, com uma série de atividades promovidas em suas diversas unidades, reafirma seu compromisso em propiciar espaços para discussões sobre gênero e ciência, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Na Fiocruz, as atividades do Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência foram concebidas por um grupo de trabalho coordenado por Cristina Araripe Ferreira e integrado por Maria Inês Rodrigues, Érika Farias, Ana Carolina Gonzalez, Rosicler da Silva Neves, Hilda da Silva Gomes, Cristiane Nogueira Braga Percini e Letícia Batista da Silva.

Museu da Vida promove atividades com estudantes do ensino médio

A Casa de Oswaldo Cruz também recebeu as estudantes Maria Eduarda Marques, 16 anos, e Karoline Aguiar, 15, que conheceram as atividades desenvolvidas no Museu da Vida. Coordenadora do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica (Nedc), a pesquisadora Marina Ramalho conversou com as alunas sobre oportunidades de atuação na área: jogos, livros, podcasts, exposições, eventos, festivais de ciência, cafés científicos em bares, entre outras. As jovens também estiveram reunidas com outros profissionais do Museu da Vida.

Física e astrônoma, a pesquisadora Rosicler Neves contou sua experiência nos anos de graduação e situações enfrentadas enquanto mulher que faz ciência. Elas também bateram papo com o físico Paulo Colonese, coordenador do Planetário Digital do Museu da Vida, e conheceram o Serviço de Museologia. A museóloga Mayara Manhãs apresentou às jovens o acervo museológico e o trabalho de preservação e conservação de objetos. Você confere a reportagem completa sobre a visita de Karoline e Maria Eduarda no site do Museu da Vida.