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Campanha de vacinação emergencial durante a ditadura é tema de curta na COC

18 ago/2014

Bebê sendo vacinado com pistola
Epidemia de meningite levou governo a empreender campanha de vacinação.

Na próxima quarta-feira, dia 20 de agosto, a Casa de Oswaldo Cruz apresenta um curta-metragem produzido pela Fundação Merieux sobre a campanha de vacinação contra meningite em São Paulo e no Rio de Janeiro, em 1975. A projeção, que acontece no Auditório do Museu da Vida, das 13h às 14h, será seguida de um debate com os pesquisadores da COC Carlos Fidelis Ponte, Dilene Raimundo do Nascimento e Gilberto Hochman sobre aquilo que é retratado e também sobre o que não aparece no filme.

O País vivia em plena ditadura e, desde 1971, sua maior metrópole vinha sofrendo uma epidemia de meningite mantida sob censura pelo governo federal e pelas autoridades estaduais. Iniciado numa das zonas mais pobres da Grande São Paulo, o surto se espalhou para outras áreas. Em 1974, a epidemia se manifestou em outras regiões do país, levando o Ministério da Saúde a empreender, em caráter de urgência, uma campanha de vacinação de grandes proporções, que utilizou 80 milhões de doses de vacinas importadas a um custo de US$ 40 milhões. 

O filme mostra imagens da campanha e da fábrica de vacinas montada na França para atender a demanda do Brasil, que havia relegado para segundo plano a produção de vacinas e medicamentos. A campanha retratada ocorreu cinco anos após o “Massacre de Manguinhos” – episódio em que dez pesquisadores da Fiocruz foram sumariamente cassados – e um ano antes da criação de Bio-Manguinhos – marco da retomada da produção de vacinas pela Fundação.

Serviço:
Exibição de curta-metragem Fondation Marcel Merieux: Brésil (1974 – 1975) | Debate com os pesquisadores da COC
Data: 20/08/2014
Hora: 13h
Local: Auditório do Museu da Vida