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Egressos do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde apresentam trabalhos em congresso internacional na Alemanha

11 jun/2012

Em 2011, Maria Letícia Galluzzi Bizzo e André Felipe Cândido da Silva concluíram o doutorado no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz. Ela é professora e pesquisadora do Instituto de Nutrição da UFRJ, e ele faz seu pós-doutorado no Departamento de História da USP. “Atrevidamente inscrevemos nossos trabalhos em um seminário internacional promovido pelo prestigiado Instituto Max Planck de História das Ciências, e eles foram aceitos”, diz André. Os dois vão a Berlim apresentá-los em workshops hoje e amanhã, dias 11 e 13 de junho.
As exposições dos dois ex-alunos da Casa de Oswaldo Cruz se relacionam a temas do interesse do Programa. André Felipe Cândido vai falar sobre a expedição que os pesquisadores Ernst Nauck e Gustav Giemsa, do Instituto de Doenças Marítimas e Tropicais de Hamburgo, fizeram à região de colonização alemã no Espírito Santo, em 1936. “O objetivo era verificar se as populações de origem germânica haviam se ‘aclimatado’ ou se fatores ligados ao ambiente tropical haviam causado sua degeneração”, adianta.
Letícia Bizzo estuda as ligações entre a ciência colonial e o internacionalismo, a partir da análise a populações cuja dieta era o arroz. “Meu trabalho explora como cientistas das metrópoles interpretaram a alimentação e o estado de nutrição do homem colonial, para orientar os governos sobre requerimentos nutricionais. Tensões na interpretação biossocial do homem colonial e do homem ocidental marcaram ambos os espaços científicos, vencendo a teoria do igualitarismo racial”, diz ela.
Os pesquisadores ressaltam a importância em participar de um  encontro como este no Max Planck de História das Ciências. Para André Felipe, “a dimensão dos benefícios individuais está ligada ao ‘coletivo’ ao qual nos sentimos umbilicalmente ligados e que nos forneceu as ferramentas para pensar nossos objetos de estudo e desenvolver nossas pesquisas”.
Tanto André como Letícia destacam que a qualidade da formação que tiveram é que permite que tomem parte no debate internacional. “Quando nos aproximamos desses ‘parceiros internacionais’, notamos um interesse genuíno deles por aquilo que estamos fazendo aqui”, diz ele.
Letícia Bizzo lembra que os trabalhos foram escolhidos “por sua originalidade e mérito científico”, o que comprovaria “a consistência e o rigor” da formação acadêmica do Programa, “em igualdade com grandes centros mundiais de história das ciências, com temáticas inovadoras”.
O Max Planck lidera a pesquisa europeia em história das ciências. São mais de 80 Institutos autônomos voltados para diferentes áreas de conhecimento, das ciências naturais, humanas e sociais, espalhados pela Alemanha, com uma produção anual de 13 mil publicações científicas. Já foram escolhidos os 1 os do mundo em pesquisa científica, e desde 1911 ganharam 32 prêmios Nobel.
Em 2011, Maria Letícia Galluzzi Bizzo e André Felipe Cândido da Silva concluíram o doutorado no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz. Ela é professora e pesquisadora do Instituto de Nutrição da UFRJ, e ele faz seu pós-doutorado no Departamento de História da USP. “Atrevidamente inscrevemos nossos trabalhos em um seminário internacional promovido pelo prestigiado Instituto Max Planck de História das Ciências, e eles foram aceitos”, diz André. Os dois vão a Berlim apresentá-los em workshops hoje e amanhã, dias 11 e 13 de junho.
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As exposições dos dois ex-alunos da Casa de Oswaldo Cruz se relacionam a temas do interesse do Programa. André Felipe Cândido vai falar sobre a expedição que os pesquisadores Ernst Nauck e Gustav Giemsa, do Instituto de Doenças Marítimas e Tropicais de Hamburgo, fizeram à região de colonização alemã no Espírito Santo, em 1936. “O objetivo era verificar se as populações de origem germânica haviam se ‘aclimatado’ ou se fatores ligados ao ambiente tropical haviam causado sua degeneração”, adianta.
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Letícia Bizzo estuda as ligações entre a ciência colonial e o internacionalismo, a partir da análise a populações cuja dieta era o arroz. “Meu trabalho explora como cientistas das metrópoles interpretaram a alimentação e o estado de nutrição do homem colonial, para orientar os governos sobre requerimentos nutricionais. Tensões na interpretação biossocial do homem colonial e do homem ocidental marcaram ambos os espaços científicos, vencendo a teoria do igualitarismo racial”, diz ela.
Os pesquisadores ressaltam a importância em participar de um  encontro como este no Max Planck de História das Ciências. Para André Felipe, “a dimensão dos benefícios individuais está ligada ao ‘coletivo’ ao qual nos sentimos umbilicalmente ligados e que nos forneceu as ferramentas para pensar nossos objetos de estudo e desenvolver nossas pesquisas”.
Tanto André como Letícia destacam que a qualidade da formação que tiveram é que permite que tomem parte no debate internacional. “Quando nos aproximamos desses ‘parceiros internacionais’, notamos um interesse genuíno deles por aquilo que estamos fazendo aqui”, diz ele. Letícia Bizzo lembra que os trabalhos foram escolhidos “por sua originalidade e mérito científico”, o que comprovaria “a consistência e o rigor” da formação acadêmica do Programa, “em igualdade com grandes centros mundiais de história das ciências, com temáticas inovadoras”.
O Max Planck lidera a pesquisa europeia em história das ciências. São mais de 80 Institutos autônomos voltados para diferentes áreas de conhecimento, das ciências naturais, humanas e sociais, espalhados pela Alemanha, com uma produção anual de 13 mil publicações científicas. Já foram escolhidos os 1 os do mundo em pesquisa científica, e desde 1911 ganharam 32 prêmios Nobel.