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Exposição Virtual que retrata história do Castelo da Fiocruz é lançada durante a Semana Fluminense do Patrimônio

16 ago/2011

Lançada como parte das atividades da Semana Fluminense do Patrimônio, a exposição virtual “Construção do Castelo de Manguinhos” pretende contar um pouco da história do Pavilhão Mourisco, ou simplesmente Castelinho, como é carinhosamente chamado por muitos de seus frequentadores. Foram selecionadas 50 imagens que integram o acervo iconográfico do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz e representam diferentes aspectos da história que envolveu a criação do Castelo
da Fiocruz.

Único prédio carioca em estilo eclético neo-mourisco, este monumento foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1981. Atualmente o Pavilhão Mourisco abriga a Presidência da Fiocruz, a direção do Instituto Oswaldo Cruz, a Coleção Entomológica e a Seção de Obras Raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas. Conta ainda com duas exposições de caráter permanente: a Sala Oswaldo Cruz e a Sala Carlos Chagas.

Quem quiser conferir de perto a beleza do Castelo da Fiocruz pode aproveitar as visitas guiadas que estão sendo organizadas como parte da Semana Fluminense do Patrimônio. Saiba mais sobre esta e outras atividades previstas para o Campus da Fiocruz, em Manguinhos, no site do evento.

Um pouco de história

Quarta e mais importante edificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos, situado no campus principal da Fiocruz, o Pavilhão Mourisco foi projetado e construído entre 1905 e 1918 pelo arquiteto e engenheiro construtor Luiz de Moraes Junior. Oswaldo Cruz elaborou a mão livre um primeiro esboço do prédio e ainda desenhou plantas baixas, em que indicava com detalhes a utilização de cada um dos cinco andares a serem construídos.

Essa história começou nos primeiros anos do século XX, quando Oswaldo Cruz conheceu Luiz de Moraes Junior, um imigrante português de 32 anos, recém-chegado ao Rio de Janeiro. Assim como o cientista, que diariamente embarcava num trem da estação carioca da Leopoldina para chegar até a Fazenda Manguinhos, o arquiteto também viajava na mesma composição e dirigia-se à Igreja da Penha, que vinha sendo reformada. Foi da amizade travada entre ambos que surgiu a ideia de convidar Moraes para projetar e executar a construção de um edifício-monumento à ciência, da forma como havia vislumbrado Oswaldo Cruz. Com a construção do Pavilhão Mourisco, os laboratórios de produção de soros e vacinas que funcionavam no então Instituto Soroterápico Federal passaram a ocupar os andares do novo edifício, além da biblioteca e do museu da instituição.

Primeiro edifício da cidade do Rio de Janeiro a ser equipado com elevador e telefone, e ornamentado com uma gama variada de materiais importados, o Castelo da Fiocruz foi inspirado no Palácio espanhol de Alhambra, na cidade de Granada, como desejou Oswaldo Cruz, e combina de maneira rica e harmoniosa elementos do estilo arquitetônico mourisco.