Fiocruz
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Antes de abrigar os primeiros prédios históricos do Instituto Soroterápico Federal, embrião da Fiocruz, Manguinhos foi habitado povos indígenas tupinambás, no início do século 16; configurou-se em área de produção de açúcar, milho e café no final do século 18, e local de incineração do lixo urbano da cidade do Rio de Janeiro, solução moderna para lidar com essa questão, no século 19, até passar a ser o centro de produção de soros e vacinas no início do século 20.

O primeiro edifício do conjunto arquitetônico histórico de Manguinhos a ser construído foi o Pavilhão da Peste (ou do Relógio), em 1904. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Arquitetônico (Iphan), ao lado do Castelo da Fiocruz (Pavilhão Mourisco) e a Cavalariça, esses prédios seguem o estilo eclético, do qual também fazem parte o  Quinino, a Casa de Chá e seu anexo, e outras edificações mais afastadas: Hospital Evandro Chagas, Pombal e o Pavilhão Vacínico, atual Casa Amarela. Completam o conjunto áreas verdes, como a Praça Pasteur, e o Caminho Oswaldo Cruz.

Ao Núcleo Histórico, agregaram-se outras edificações em estilo modernista para absorver as atividades em expansão, a partir de 1940: o Pavilhão Arthur Neiva (Pavilhão dos Cursos), projetado por Jorge Alfredo Guimarães para atender à área de ensino, que inclui jardim e mural de autoria do paisagista Roberto Burle Marx; a Portaria da Avenida Brasil, projeto de Nabor Foster, e o Pavilhão da Febre Amarela (Henrique Aragão), de Roberto Nadalutti. 

Durante a construção do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), aconteceu uma grata surpresa: a descoberta da estrutura dos fornos de incineração de lixo do século 19.  Agora, esse achado arqueológico compõe uma exposição permanente, que faz parte do roteiro de visitação do Museu da Vida Fiocruz.  A mostra também inclui artefatos, como ossos e vidraria de laboratório e objetos de vidraria laboratorial, que fazem parte do patrimônio da Fiocruz. 

Conjunto eclético

Pavilhão Mourisco

Pavilhão Mourisco

Também conhecido como Castelo da Fiocruz, este edifício é um singular exemplar arquitetônico inspirado na arte hispano-muçulmana. Sua construção está inserida no contexto do ecletismo do início do século 20. Projetado pelo arquiteto Luiz Moraes Junior, sua construção durou de 1905 a 1918.

Praça Pasteur

Praça Pasteur

Parte do Núcleo Histórico do campus Manguinhos Fiocruz, a Praça Pasteur é um área ao ar livre que articula entre si os componentes desse núcleo - Cavalariça, Quinino - e com o Castelo Fiocruz. O espaço também é um importante espaço de convívio e integração do campus, sendo palco de diversos eventos.

Cavalariça

Cavalariça

Construída em 1904 em estilo inglês, a Cavalariça abrigava até 20 cavalos utilizados para a fabricação de soros e adotava tecnologias de vanguarda para o início do século 20, como o aproveitamento integral dos refugos gerados pelos animais: a água era reaproveitada para irrigação e o estrume servia de adubo e era fonte de gás para a iluminação.

Casa de Chá

Casa de Chá

A Casa de Chá, construída em 1905 como espaço para a refeição dos pesquisadores, difere das outras edificações do Núcleo Histórico, com seu caramanchão feito de madeira do tipo gaiola e painéis treliçados servindo de vedação. Graças ao caramanchão, as árvores puderam ser preservadas, entre elas uma figueira apreciada por Oswaldo Cruz.

Pavilhão do Relógio

Pavilhão do Relógio

Também chamado Pavilhão da Peste, abrigava atividades relacionadas ao bacilo da peste bubônica, como a preparação do soro ou vacina. Dentro da edificação funcionavam dois laboratórios separados por um módulo central destinado à enfermaria para cavalos. O relógio da pequena torre de quatro faces é o destaque do prédio.

Quinino

Quinino

Último edifício a ser erguido, a partir de 1919, o Pavilhão Figueiredo de Vasconcelos, conhecido como Quinino, abrigava os laboratórios de produção de quinina, utilizada na prevenção da malária. Na década de 1940, a escada monumental, original da edificação, foi substituída por um elevador e o prédio ganhou mais dois andares.

Pombal

Pombal

Construído em espaço mais afastado dos demais edifícios, o Pombal foi pensado para abrigar o biotério de pequenos animais utilizados nas pesquisas realizadas pelo então Instituto Soroterápico Federal. As formas geométricas puras dos pequenos pavilhões compõem, juntamente com a torre central, um conjunto leve e harmônico.

Aquário

Aquário

Até 1960, um Aquário de água salgada fez parte do conjunto histórico. A construção de 1915, com ligação direta com o mar, abrigava os estudos com microrganismos aquáticos. Com configurações mais assimétricas, em estilo eclético, suas características mais contemporâneas contrastavam com as dos outros edifícios do conjunto.